Pesquisa revela: agronegócio é fonte de geração de empregos em Goiás

A participação do agronegócio na economia goiana é de grande destaque. É a principal atividade econômica em 87 dos 246 municípios do Estado e foi responsável por 16,2% do estoque de empregos formais em Goiás, no período de 2010 a 2016, conforme pesquisa divulgada, nesta segunda-feira, dia 22,  pelo Instituto Mauro Borges da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan).

Apesar da existência de empregos não formais e da mecanização, o resultado do estoque formal de empregos dentro da porteira reflete a importância da produção agropecuária em Goiás, tendo participado, em 2016, com 38,8% do total de empregos formais do agronegócio. O segmento depois da porteira foi o que teve maior participação, com 55,1%, o que demonstra, principalmente, a relevância das agroindústrias. Já o segmento antes da porteira, que são os fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos, participou com 6,1%.

De acordo com a superintendente do IMB/Segplan, Lillian Maria Silva Prado, o agronegócio goiano destaca-se no cenário nacional sendo importante gerador de divisas para o Estado por meio de suas exportações, com destaque para os complexos soja e carne.

O município goiano que possui destaque nacional na geração de empregos é Rio Verde. Segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) Municipal 2015, o município possui o terceiro maior Valor Adicionado Agropecuário do país. Esse bom resultado reflete na geração de empregos formais, de forma que Rio Verde é o maior empregador formal na atividade de soja e na criação de gado em Goiás.

Em termos de participação na estrutura econômica, segundo o IBGE (2016), a agropecuária participou com 5% da economia brasileira em 2015 e em Goiás a fatia foi de 10,4%. Embora a agropecuária tenha a menor participação entre os grandes setores econômicos, quando se refere ao agregado agronegócio a participação aumenta significativamente.

No cenário nacional, em 2016,  Goiás destacou-se na produção nacional, como segundo maior produtor de sorgo, de tomate e de cana de açúcar, e o quarto maior produtor de soja, segundo dados do IBGE.

O volume de crédito rural aplicado em Goiás representa 8,6% do total de crédito do País. O Estado saltou de R$ 11,2 bilhões em 2013, para R$ 15,1 bilhões em 2017. Desses recursos, 60,8% foram direcionados ao custeio agrícola, 24% ao investimento,14,9% para a comercialização e 0,3% para a industrialização, de acordo com dados do Banco Central. A atividade agrícola é a que mais utiliza os recursos do crédito rural, principalmente para custeio.

Por outro lado, a atividade da pecuária utiliza o crédito rural sobretudo para investimento. Em termos de relevância na utilização desse crédito, Rio Verde, no sudoeste goiano, destaca-se ao ocupar a 3ª posição entre os municípios brasileiros que mais tomaram empréstimos para custeio e para investimento. O município ainda se sobressai na 2ª posição para comercialização, segundo levantamento do Banco Central referente ao volume de crédito rural, no período 2016/2017.

Fonte: Segplan