COE recomenda manter aulas presenciais suspensas em Goiás até final de agosto

Em reunião realizada no dia de ontem, quarta-feira (22/7), o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para o Novo Coronavírus (COE-nCov), da Secretaria de Estado de Saúde (SES), recomendou manter as aulas presenciais em Goiás suspensas até o final de agosto. Uma possível retomada das aulas presenciais em setembro será avaliada no dia 15 de agosto, de acordo com o cenário epidemiológico do Estado.
Participaram da reunião a secretária de Estado de Educação, Fátima Gavioli; o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação em Goiás (Undime-GO), Marcelo Ferreira; o presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Flávio Castro; e representantes de sindicatos da área da Educação. O COE é uma equipe multiprofissional da SES criada para compartilhar informações e monitorar ações em relação à Covid-19.
“Do ponto de vista de saúde, só teremos segurança para retorno quando os casos (de Covid-19) estiverem caindo. Hoje, eles estão subindo”, afirmou a superintendente de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS, Luciana Vieira, da Secretaria de Saúde.
Segundo os membros do COE, prorrogar a suspensão das aulas presenciais é necessário devido ao aumento de casos de Covid-19 no Estado, o que torna inseguro o retorno dos estudantes e professores para as escolas neste momento.
A respeito da incerteza de quando será possível retomar as aulas presenciais, Luciana Vieira afirmou que não há decisões definitivas. “Não temos respostas sobre quando passará o pico de casos nem quando o retorno será possível. Mas sabemos que depois de duas semanas de queda de casos é que se tem uma certa segurança”, explicou a superintendente.
O Presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM) e Prefeito de Porteirão, José de Sousa Cunha, ressaltou que os municípios estão apreensivos com essa situação, “A decisão quer melhor proteger nossos estudantes, será a que vamos seguir. Existe nesse momento uma aflição por parte dos Municípes sobre a volta ou não das aulas presenciais”
Protocolo de retomada
Outra deliberação do COE foi a necessidade de aprimorar e acrescentar recomendações de segurança mais detalhadas no Protocolo de Retorno apresentado pela Seduc e demais órgãos da educação. Como mencionado pelo presidente da Undime na reunião, depois de finalizado, o Protocolo de Retorno também deverá ser reverberado nas diferentes redes de educação (privada, municipal e estadual), considerando o cenário epidemiológico de cada município.
Professor na escola
A respeito das atividades educacionais e administrativas por parte dos professores nas dependências da escola, o COE entendeu que não há nenhum empecilho para essa rotina de trabalho na própria unidade escolar, desde que as medidas de segurança sejam respeitadas.
Colaboração
A secretária de Estado de Educação agradeceu ao COE pela colaboração e pelas recomendações, que visam garantir a segurança da comunidade escolar e a qualidade educacional. “Eu confio na ciência, confio na saúde e confio no trabalho de vocês”, afirmou Fátima Gavioli.
Desde o início da elaboração do Protocolo de Retorno, a secretária reiterou que a decisão final a respeito de quando as aulas presenciais serão retomadas cabe ao Governo de Goiás, baseado nas recomendações técnicas da Secretaria de Estado de Saúde.
Assessoria de Comunicação da FGM, com dados da Secretaria de Educação, por Pedro Fellipe