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Página - Municípios têm até outubro para aplicar recursos do programa Escola em Tempo Integral

Municípios têm até outubro para aplicar recursos do programa Escola em Tempo Integral

Página Municípios têm até outubro para aplicar recursos do programa Escola em Tempo Integral

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) faz um alerta importante aos gestores municipais: os recursos do Programa Escola em Tempo Integral (ETI), referentes ao ciclo 2023/2024, precisam ser executados até o dia 31 de outubro de 2025. Caso contrário, os valores não utilizados deverão ser devolvidos ao Tesouro Nacional.

Os recursos transferidos podem ser aplicados em ações de manutenção e desenvolvimento do ensino, conforme estabelece o artigo 70 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). No entanto, o uso dos valores é vedado para despesas com pagamento de pessoal ativo, inativo ou pensionista, bem como para aquisição de alimentação escolar – dois dos maiores desafios enfrentados pelos municípios na execução da política.

Segundo a CNM, os valores repassados foram calculados com base nas matrículas pactuadas, sendo necessário que os entes federados prestem contas da execução financeira por meio do sistema BB Gestão Ágil e comprovem as matrículas no Censo Escolar.

Baixa execução preocupa

O cenário atual é preocupante. Dos R$ 2,7 bilhões destinados aos municípios, R$ 1,5 bilhão (55%) ainda permanecem em conta, sem uso, até abril deste ano. Apenas 852 municípios (18,1%) conseguiram aplicar integralmente os recursos, restando apenas rendimentos residuais. A média nacional de execução está em 45,6%.

A região Norte lidera em execução, com 54%, enquanto o Centro-Oeste apresenta o menor índice, com apenas 35,8%. Entre os estados, o desempenho é ainda mais crítico: dos R$ 1,5 bilhão pactuados, R$ 1,2 bilhão continuam parados, com execução média de apenas 20%.

Desafios para execução

A CNM destaca que 3.837 municípios (81,8%) ainda mantêm saldo em conta. Entre os principais obstáculos estão o curto prazo para aplicação dos recursos – especialmente impactado pela troca de gestores em cerca de 3 mil municípios –, dúvidas sobre a correta destinação dos valores, dificuldades nos processos licitatórios, falta de conhecimento sobre o saldo disponível, e a elevada demanda de estrutura e pessoal exigida pela oferta de tempo integral.

Sobre o programa

Criado em 2023 pela Lei 14.640, o Programa Escola em Tempo Integral tem como meta apoiar a expansão de matrículas em tempo integral na rede pública. No primeiro ano, foram previstos R$ 4,17 bilhões para viabilizar 1 milhão de novas matrículas, sendo 512 mil pactuadas por 4,6 mil municípios (84% de adesão) e 488 mil pelos estados.

A CNM reforça a importância de maior alinhamento entre as metas do governo federal e a capacidade técnica e financeira dos entes locais para garantir a efetividade da política e evitar a devolução de recursos que poderiam contribuir para a ampliação da jornada escolar e melhoria da qualidade da educação.

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